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  • Foto do escritorLidice Meyer

A Sobrevivência de Lidice


Há 79 anos, no dia 10 de junho de 1942, foi cometido um dos maiores crimes contra a humanidade. Como vingança pela morte de Reinhard Heydrich, causada pela ação de agentes da resistência tcheca na audaciosa operação Antropóide, Adolf Hitler ordenou a invasão e destruição de uma pequena aldeia Tcheca: Lidice.

Neste fatídico dia, todos os 173 homens e meninos com mais de 16 anos moradores de Lidice foram fuzilados. Mulheres e crianças foram levadas aos campos de concentração de Ravensbrück e Gneisenau, onde a grande maioria morreu. Nem os animais foram poupados sendo todos mortos. Os túmulos do cemitério foram removidos e saqueados. A aldeia de Lidice foi então totalmente destruída com explosivos e para que não sobrasse nenhum traço de sua existência, foi retirada dos mapas sendo totalmente coberta por uma plantação. Ainda em retaliação, os três agentes da resistência tcheca que atuaram na operação antropoide foram encurralados e mortos na cripta da igreja ortodoxa em Praga.

Ao final da guerra, as poucas mulheres sobreviventes dos campos de concentração retornaram a Lidice e marcaram no chão a localização de seus prédios. Hoje, onde a aldeia de Lidice existiu pode ser visitado um monumento com uma pira sempre acesa simbolizando a cidade-fênix que renasce de suas próprias cinzas. Um belo roseiral e o monumento às crianças de Lidice convidam os visitantes à reflexão.

Como símbolo da resistência ao ódio, a xenofobia e a tudo o que o nazismo representa, o nome de Lidice passou a denominar ruas e cidades em vários lugares do mundo. Muitas dessas cidades acolheram os refugiados do pós-guerra, como é o caso da Lidice localizada no Rio de Janeiro, no município de Rio Claro.

Tenho o orgulho de ter o nome de Lidice, símbolo de resistência e de força, um nome que traz consigo uma história tão forte e uma grande responsabilidade.

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